Olá, geeks por esse mundo fora, atrasei-me mais que o normal nas minhas publicações porque, lá está, contei-vos que ia de férias, e não foram umas férias quaisquer: a realização de um sonho (cozinhado desde os meus onze anos), ir à Disneyland Paris. Vou contar-vos um pouco sobre a minha experiência, o dia a dia, e numa próxima publicação pôr algumas dicas que vos podem ajudar, caso um dia tencionarem lá ir.
Primeiro que tudo, e se já não repararam, este vosso amigo aqui tem a sua criança interior muito viva, as expectativas eram grandes, como deve ser quando se trata de um sonho, e o veredicto: eu não gostei de ir à Disney, eu adorei. Se existe um lugar onde o mundo real e o da magia se encontram é lá.
Ao inicio: o aeroporto de Orly não é tão grande como o de Lisboa e é relativamente fácil nos direccionarmos. O Magic Suttle (Bus que nos leva gratuitamente à Disney) estava devidamente identificado numa placa e foi só ir até à paragem numero quatro (como indicado). Um pequeno reparo, ninguém nos ajudou a carregar as malas no Bus, o condutor é, isso e só, um condutor (das poucas queixas, ou nem isso, que tenho). A viagem até ao hotel levou cerca de uma hora e não se viu grande coisa pelo caminho, mas a viagem é agradável e muito confortável.
No hotel seguiu-se o procedimento habitual como em qualquer estabelecimento do tipo, à excepção, acho, que fui revistado com um detector de metais; aliás, para aqueles preocupados com a segurança, deixem-me dizer-vos que ela está sempre presente, mas que se mascara bem com o ambiente e não chama assim tanta atenção a si. Têm detectores de metais à entrada e existem diversos seguranças pelo parque, senti-me protegido e não estragou, de maneira nenhuma, a experiência ou o divertimento. São todos muito simpáticos, todo o staff (cinco estrelas), fui recebido por toda a gente com o maior dos sorrisos e a maior entrega.
Fiquei no hotel Cheyenne, muito bonito (temática de cowboys); aliás, todos os hotéis são lindos. Cheyenne é simples por dentro, é um duas estrelas, mas dentro da temática ele serve e é confortável. Os pequeno almoços têm uma grande variedade de coisas: leite, café, cereais, pão, manteiga, fruta, queijo, doce, etc; tudo o que é preciso, a meu ver, para entrar no dia cheio de energia. As férias lá dentro são também algo cansativas, nada que o coração e a alegria não empurre, mas são; anda-se um bom bocado, acorda-se cedo (antes das sete, para quem quer aproveitar bem e desde a abertura) e só se vai para o hotel lá para as dez horas. É especialmente pesado para as crianças, mas novamente, nada que o coração e a alegria não empurre.
A Village, desafio qualquer um a chegar lá e não ter os seus olhos a crescer e olhar freneticamente para todo o lado, essa é uma grande característica de ir à Disney, para onde se olhe existe sempre algo a ver, tudo lá, desde o Hotel, à Village e finalmente aos parques é lindo, paisagens, natureza, construções e especialmente a decoração.
As lojas: uma variedade de mercadoria infindável, desde porta- chaves, peluches, roupa, brinquedos, legos, estatuetas, canecas; sei lá, é de perder de vista, e especialmente quando cheias de clientes (como quase sempre estavam) é fácil sentir uma tontura.
Aos parques: tive a sorte logo ao inicio de ver a rainha Elsa e princesa Anna desfilar no seu coche. Algo maravilhoso de se ver é que em momento algum os figurantes quebram a personagem, estamos ali, afinal, para ser enganados (maneira de dizer) e eles conseguem-no. A parada que acontece sempre às cinco e meia da tarde é de uma energia fantástica e algo a não perder e de repetir ver. As atracções devem, elas todas, ser experimentadas e consegue-se em dois ou três dias; destaco a do Ratatouille, Its a Smal World ou O labirinto do País das Maravilhas, mas existem mais, obviamente, estes são só alguns tirados do topo da cartola. O do Peter Pan (outro reparo) altamente recomendado por muitos, desiludiu-me um bocado, talvez por isso, por ser muito recomendado, não foi de encontro com as minhas expectativas; eu por exemplo, achei que o do Pinoquio e o da floresta amaldiçoada da Branca de Neve tiveram, ao meu ver, ao mesmo nível que o de Peter Pan, e sem a fila enorme.
As filas toleram-se bem, existem sempre coisas para ver, esperei entre dez minutos a uma hora, mas existem truques, direi numa próxima publicação, que vos farão suavizar ainda mais o tempo nas filas.
Os shows - lindíssimos -, o que encerra o parque, por si só, vale todo o dinheiro da viagem: mágico. Mas existem muitos mais, e para isso deve-se estar atentos ao mapa e às horas a que dão.
O Parque dos Estúdios, mais para adultos, segundo dizem, não achei assim tanto, existe sim uma vibração um pouco diferente, mas não muito, são paralelos, a meu ver. Tive a sorte de estar lá na temporada de Star Wars (sou um fanboy), não achei possível, e de certa maneira até não é, mas foi uma tremenda experiência estar no meio dos fãs e ver celebrarem aquilo de que tanto gosto, melhor ainda partilha-lo com a minha filha. Vi a academia Jedi, a marcha dos Stormtroopers e o maravilhoso show à noite. Tenho de realçar também o show do cinémagique, é uma carta de amor aos fãs de cinema (como eu) e extremamente divertido ao mesmo tempo, até para crianças que não falam a língua.
As pessoas: existe uma energia colectiva de boa disposição, sente-se no ar; é claro que entretanto existe sempre aquele palerma no meio de milhares (outro reparo) e infelizmente apanhei-o ao meu lado no ultimo dia a ver o show da noite com comentários, no mínimo, pouco interessantes; a Disney não é para todos, acho eu.
Fui de Inverno e diga-se de passagem que é frio, mesmo frio, especialmente para quem não está habituado, dez graus de máxima (por umas duas horas) e o resto do dia baixa bastante, eu saía do hotel com um grau.
Bem, geeks, se existe um lugar para nós (sonhadores, imaginativos, infantis) e existem alguns, este é um deles.