De vez enquanto vem um filme que me lembra porque gosto (adoro) cinema. É a minha forma de arte preferida. Para além das duas e tantas horas de escape - tempo normal de um filme -, faz-nos pensar, sentir, fica connosco.
Blade Runner 2049 vai para além do mero entretenimento, é provocador. Leva-nos a fazer questões existenciais. O que é estar vivo? O que significa ser-se humano? O que é o amor? E o filme invés de dar-nos as respostas, deixa-nos (publico) enquanto indivíduos, decidirmos por nós. Essas respostas são um reflexo de quem somos.
A banda sonora agarra-nos, puxa-nos como gravidade. Por momentos já não estamos cá. É um mundo majestosamente lindo e realista. É inovador; acreditem ou não, ainda há espaço para fazer o que nunca vimos. Todos no filme, pareceu-me, têm o cuidado com a qualidade. E aqui quero realçar o trabalho de Denis Vileneuve, o realizador que nos deu também Arrival, ele é, na atualidade, um mestre do cinema. O filme desafia-nos a pensar e sentir junto com as atuações, que variam entre subtileza e explosões emocionais que vêm com o desenrolar da trama.
Esta é uma sequela digna do original, este é já um dos melhores filmes deste século - um clássico instantâneo.
Gerúndio
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Há utopia
Num pedaço de grama
E sem isso
Ele não cresceria.
Há utopia
No azul do céu
E mesmo
Num céu cinzento.
Tu sem utopia
Não escreverias,
...
Há 4 meses
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